BIRDWATCHING
A presença física e imponente do rio Guadiana marca fortemente a paisagem e as escarpas elevadas que ladeiam as suas margens o refúgio perfeito para espécies ameaçadas como a cegonha-preta, abutre-preto, a águia de Bonelli, a águia-real ou o bufo-real.
Estas áreas rochosas são também o habitat ideal para a andorinha-das-rochas, a andorinha-dáurica e o melro-azul. Nas vastas áreas de planície ondulada os céus são dominados pelos voos da águia-imperial-ibérica e dos grifos. Neste habitat de estepe é frequente a presença da abetarda, do sisão do cortiçol-de-barriga-preta ou do Tartaranhão-caçador. Ao longo das estradas e caminhos é frequente o avistamento da cegonha-branca, da poupa ou da pega-azul.
Na vila de Mértola ocorre a última colónia urbana de uma espécie bastante rara e ameaçada – o peneireiro-das-torres. Na Mina de S. Domingos, nas ruínas do antigo complexo mineiro nidifica o andorinhão-cafre, espécie africana muito rara na Europa e restrita a áreas da Península Ibérica de características semidesérticas.
Para descobrir a avifauna deste território sugerimos 4 itinerários para fazer de carro e/ou a pé.
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Rota de Observação de Aves
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A Rota de Observação de Aves vai guiá-lo por dez pontos muito especiais entre os concelhos de Mértola e de Castro Verde. Cobrindo habitats distintos, que vão das estepes cerealíferas e dos vales fluviais escarpados até a açudes e barragens, há uma imensa avifauna para descobrir durante as diversas estações do ano.
A Rota é acessível por veículos motorizados ligeiros ou de bicicleta e pode ser feita em qualquer sentido. Cada ponto escolhido permite observar uma variedade de espécies que ocorrem e nidificam no Baixo Alentejo. São 10 pontos para descobrir, cruzando as freguesias de Entradas, São Marcos da Ataboeira, Alcaria Ruiva e São João dos Caldeireiros.
Permaneça em cada ponto durante alguns minutos, sempre em silêncio para não perturbar as aves. Em alguns pontos, recomendamos que faça uma pequena caminhada, para melhor escutar e observar as espécies mais tímidas. Mantenha sempre uma distância de segurança.Recomendamos que contacte um guia local ou uma empresa especializada na observação de aves, de forma a tirar o maior proveito do passeio. No entanto, a Rota também pode ser feita em autonomia; neste caso, não se esqueça de trazer os seus binóculos e guia de identificação de aves!
Primavera
Na primavera, a paisagem pintada de verde e flores, enche-se de um burburinho constante: das abelhas em frenesim e das aves que vão, aqui e ali, exibindo os seus comportamentos nupciais. É o momento de encontrar parceiros, procurar locais para fazer o ninho e alimentar as crias.
Visite as estepes cerealíferas, e é muito provável que encontre, entre outras espécies, Abetardas (Otis tarda), pintalgando de branco a paisagem; Tartaranhões-caçadores (Circus pygargus), planando em busca de comida; ou Francelhos (Falco naumanni), peneirando sobre a vegetação. Os miradouros e os vales fluviais constituem também uma ótima opção a visitar durante esta estação do ano.Verão
A estação seca estende-se de finais de Maio a finais de Setembro. A água escasseia na paisagem, as plantas perdem o verde, o ar aquece. Mas nem a seca, nem as temperaturas altas assustam as aves que aqui nidificam. Há uma imensa atividade em busca de alimento para as crias, e no final do verão, aves juvenis enchem os céus, nos seus primeiros voos de descoberta.
Recomenda-se sair cedo pela manhã ou ao final da tarde. Durante o pico de calor a observação de aves é bastante mais difícil. Visite charcas e açudes, há uma boa probabilidade de encontrar aves aquáticas.
Outono
O outono marca a partida de muitas aves, que após a época de nidificação, rumam em direção ao sul. Chegam muitas outras, vindas do norte, centro e leste da Europa, que ora permanecem durante o inverno, ora estão de passagem, aproveitando a paragem para recuperar forças e seguir viagem.Visite os miradouros, as charcas e os açudes e esteja atento aos céus: há bandos de aves de todas as dimensões em migração; mesmo durante a noite, podem ser observadas e escutadas diversas espécies a migrar.
Inverno
Durante a estação mais fria, os montados e as estepes cerealíferas são visitados por aves que vêm de outras latitudes onde o alimento se torna escasso devido ao inverno rigoroso que por lá se sente. Entre as diversas espécies que invernam no Baixo Alentejo, os Grous (Grus grus), são provavelmente os mais audíveis e vistosos; voam em grupos de dezenas ou centenas e vão circulando entre montados em busca de alimento e pequenas charcas e açudes onde pernoitam. Com as sementeiras já preparadas para a primavera, muitas aves circundam e sobrevoam os campos em busca de alimento.
Com um inverno ameno e temperaturas moderadas durante o dia, esta região proporciona excelentes condições para a observação de aves durante esta estação do ano.
Uma iniciativa da Portugal Wildscapes, com o apoio dos Municípios de Mértola e de Castro Verde, e cofinanciamento do programa FEDER Alentejo 2020. -
Itinerário 1
Mértola, O Reduto do
Peneireiro-das-Torres Lesser -
Na vila de Mértola ocorre a última colónia urbana do país de uma espécie bastante rara e ameaçada – o peneireiro-das-torres. As muralhas do velho castelo, bem como, outras estruturas históricas da vila são o refúgio perfeito para a espécie mais emblemática da vila. Ao longo deste pequeno itinerário que percorre o centro histórico, as margens do rio Guadiana e a envolvente florestal da vila até à herdade vitivinícola da Bombeira é possível observar cegonha-branca, gralha-de-nuca-cinzenta, melro-azul, pega-azul, abelharuco, garça-branca-pequena, garça-real, guarda-rios e melro-preto entre outras. A águia de Bonelli nidifica na proximidade encontrando refúgio nas escarpas do Guadiana.
Consulte aqui o folheto informativo do itinerário.
Não se perca, descarregue aqui o mapa do itinerário e o mapa da Vila de Mértola aqui. -
Itinerário 2
O Território da Velha Mina -
A aldeia da Mina de São Domingos, em tempos uma grande povoação mineira, é agora um lugar cheio de história e memória. O que resta hoje da impressionante estrutura da mina são as ruínas dos edifícios que servem de abrigo a várias espécies de aves.
O andorinhão-cafre é bastante raro em Portugal e a sua nidificação apenas foi confirmada nesta área. Aqui é, ainda, frequente a observação de várias espécies de milhafres, gralha-de-nuca-cinzenta, águia-imperial-ibérica, águia-real e vários passeriformes como as diferentes espécies de andorinhas, o rouxinol-bravo ou a cotovia-escura entre outras.
Consulte aqui o folheto informativo do itinerário.
Não se perca, descarregue aqui o mapa do itinerário e o mapa da Mina de S. Domingos aqui. -
Itinerário 3
Nas Margens do Guadiana -
As margens de escarpas rochosas que ladeiam o rio são o habitat perfeito para várias espécies ameaçadas da avifauna do Parque Natural Vale do Guadiana: este é o território por excelência da águia-real, do bufo-real e da cegonha-preta. No percurso de Mértola até aos Canais do Guadiana sugerimos um desvio à Barragem dos Corvos. Num inesperado plano de água no meio de uma paisagem de olival, encontrará o local ideal para observar algumas aves aquáticas como o pato-de-bico-vermelho que ali nidifica. Esta é, ainda, zona de bebedouro para o cortiçol-de-barriga-preta.
Consulte aqui o folheto informativo do itinerário Birdwatching Trail 3_PT
Não se perca, descarregue aqui o mapa do itinerário e o mapa da Vila de Mértola aqui. -
Itinerário 4
Do Pulo do Lobo à Serra de Alcaria -
Estas são as terras do Pulo do Lobo, terras de xisto, de natureza bravia, de escarpas abruptas e do Guadiana selvagem onde encontram refúgio várias espécies de aves de rapina como a águia-real, o bufo-real e outras espécies ameaçadas como a cegonha-preta. Deixando o Pulo do Lobo, a paisagem dá lugar a uma floresta mais ou menos dispersa de azinheiras e sobreiros.
Este habitat designado de Montado é o reduto perfeito para espécies como o peneireiro-cinzento, o grou, o torcicolo, a felosa-ibérica, a pega-azul ou o chapim-azul. Já na entrada do “Campo Branco” a paisagem reveste-se de planícies ondulantes. Esta é uma boa área para observar espécies como abetarda, sisão ou cortiçol-de-barriga-preta. Aqui, perto a elevação onde se localiza a Ermida de Nª Sr.ª de Aracelis ou a Serra de Alcaria são miradouros perfeitos para observar toda a área envolvente.
Consulte aqui o folheto informativo do itinerário
Não se perca, descarregue aqui o mapa do itinerário e o mapa da Vila de Mértola aqui.Recomendações & Informações Úteis
Quando fazer? A melhor época para praticar a observação de aves em Mértola é na Primavera, preferencialmente de março a maio. No Verão as altas temperaturas que se fazem sentir, não são propícias a saídas para o campo. Setembro é também uma boa altura. Os meses de outubro a janeiro são de grande atividade cinegética pelo que não se recomenda a realização de tours de birdwatching.
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Night Birdwatching
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O sul de Portugal, sobretudo pela variedade de habitats naturais e concentração de áreas naturais é de excelência para a observação de aves. Mértola e a área do Parque Natural Vale do Guadiana são particularmente importantes para a avifauna, e aqui ocorrem algumas das mais importantes espécies e ameaçadas espécies da avifauna nacional, como a águia-imperial-ibérica, a águia-real, o peneireiro-das-torres, a cegonha-preta, o abutre-preto, a abetarda, o cortiçol-de-barriga-preta ou o sisão.
Quando a noite cai, há uma outra forma de descobrir a avifauna local, enquanto umas espécies se recolhem, outras de hábitos crepusculares e/ou noturnos despontam. As aves noturnas são mais difíceis de observar do que as diurnas, mas têm cantos mais simples e fáceis de distinguir e ouvir as suas vocalizações é, em si, uma experiência.
Propomos a descoberta do universo das aves noturnas e crepusculares do Parque Natural Vale do Guadiana, que nos leva a uma viagem fascinante pela natureza à noite, num desafio claro ao apuro dos sentidos. Pelo caminho, teremos o céu profundo como cenário, ou não estivéssemos nós em território certificado da Reserva Dark Sky Alqueva!
Por cá, na natureza, quando a noite cai, outra vida começa, quer descobri-la?
As aves noturnas do concelho de Mértola incluem essencialmente dois grandes grupos: as aves de rapina noturnas (Strigiformes) e os noitibós (Caprimulgiformes). Estes dois grupos apresentam características morfológicas e ecológicas distintas partilhando, no entanto, um comportamento essencialmente crepuscular e noturno.
No território ocorrem seis espécies de rapinas noturnas e um noitibó: coruja-das-torres, coruja-do-mato, mocho-pequeno-de-orelhas, mocho-galego, bufo-real, bufo-pequeno e noitibó-de-nuca-vermelha.Sugestões de visita
Descobrir a natureza à noite é uma experiência única e um desafio aos sentidos. Propomos 3 itinerários para ousar olhar diferente, escutar no silêncio e deliciar os sentidos com a envolvência misteriosa da noite. Observar aves à noite é difícil, as aves são esquivas, aprimoradas na arte da camuflagem, por isso, nem sempre é garantido o avistamento ou a audição das suas vocalizações. Mas a noite pode sempre revelar outros personagens, sons e paisagens de terra e céu, verdadeiramente arrebatadoras.
Percurso 1: Centro Histórico de Mértola, Azenhas do Guadiana e Além Rio
Percurso 2: Mina de S. Domingos – Complexo Mineiro (recomendado para observação de noitibó-de-nuca-vermelha)
Percurso 3: Corte da Velha, Serra de S. BarãoPara mais informações sugerimos a consulta do Guia Night Birdwatching Mértola.
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AVES DO SUL
Birds & Nature Tours
Programas de Birdwatching -
A Birds & Nature Tours Portugal foi a primeira empresa portuguesa totalmente dedicada a organizar atividades ligadas à observação de aves.
Os diversos programas de observação e fotografia de aves que organiza podem ser privados, sendo reservados pelos interessados mediante marcação para uma determinada data a combinar, ou para grupos, estando previamente agendados para uma data específica (sendo as reservas efetuadas mediante inscrição dos interessados em cada atividade).Os tours que organiza centram-se na região sul de Portugal, onde se verifica uma grande diversidade de habitats e maior concentração de aves. Organiza tours a partir de Lisboa, do Alentejo e do Algarve.
Marque já a sua tour de birdwatching e conheça uma outra face do Alentejo!
Tours no Alentejo
Estes tours englobam uma visita às zonas de Castro Verde e de Mértola, o que permite combinar habitats diversos de enorme beleza e riqueza avifaunística. Parte da área visitada está integrada em duas Zonas de Protecção Especial, a ZPE de Castro Verde e a ZPE do Vale do Guadiana (que por sua vez inclui o Parque Natural do Vale do Guadiana).
A área de Castro Verde é a mais importante zona de Portugal para a conservação de aves estepárias. Espécies como a Abetarda, o Sisão, o Cortiçol-de-barriga-preta, a Águia-caçadeira, o Francelho ou o Rolieiro, podem ser observadas nesta região com relativa facilidade. Regularmente são também registadas espécies como o Grifo, o Abutre-preto e a Águia-imperial-ibérica.
A vila de Mértola, para além do excecional interesse do ponto de vista histórico, é também um excelente local para a observação de aves, sendo de realçar a colónia de Francelhos existente, única colónia urbana no país.
O passeio inclui também a visita a locais do vale de rio Guadiana, como a Mina de S. Domingos, onde nidifica o andorinhão-cafre (raridade no nosso país) e a visita ao magnífico acidente geológico que é o Pulo do Lobo, sítio de grande beleza, onde é possível observar diversas espécies rupícolas e outras, como por exemplo a Cegonha-preta, a Águia-real, a Águia de Bonelli, o Bufo-real, a Andorinha-das-rochas, a Andorinha-dáurica, o Melro-azul e a Cia.Principais Espécies
Algumas espécies, seja porque são pouco comuns ou difíceis de observar em Portugal mas ocorrem com regularidade nas zonas acima descritas, seja porque são aqui particularmente abundantes (pelo menos em certas alturas do ano), ou seja porque não ocorrem no norte da Europa, merecem destaque. São disso exemplos: a Cegonha-branca, a Cegonha-preta, o Grifo, o Abutre-preto, a Águia-real, a Águia-imperial-ibérica, a Águia-cobreira, a Águia de Bonelli, o Milhafre-real, o Milhafre-preto, o Peneireiro-cinzento, a Águia-caçadeira, o Francelho, o Grou, a Abetarda, o Sisão, o Cortiçol-de-barriga-preta, o Alcaravão, a Perdiz-do-mar, o Bufo-real, o Noitibó-de-nuca-vermelha, a Poupa, o Abelharuco, o Rolieiro, a Cotovia-escura, a Calhandrinha, a Calhandra-real, a Andorinha-das-rochas, a Andorinha-dáurica, o Solitário, o Chasco-ruivo, o Melro-azul, a Toutinegra-tomilheira, o Picanço-barreteiro, o Picanço-real, o Charneco, a Gralha-de-nuca-cinzenta, o Corvo, o Estorninho-preto, o Papa-figos, o Pardal-espanhol e a Cia.Espécies Raras ou Acidentais
Nestes locais foram observadas, nos últimos anos, algumas espécies consideradas raras ou acidentais em Portugal, entre as quais o Grifo-pedrês, o Falcão-vespertino, o Andorinhão-cafre (nidificação confirmada na área em anos recentes), o Andorinhão-pequeno e a Petinha-de-garganta-ruiva.Estão ainda à sua disposição diversas atividades de birdwatching, como por exemplo:
– Tours de Fotografia de Aves
– Cursos de Iniciação ao Birdwatching
– Passeios de Barco para Observação de AvesPara mais informações ou reservas clique aqui.
A Rota de Observação de Aves vai guiá-lo por dez pontos muito especiais entre os concelhos de Mértola e de Castro Verde. Cobrindo habitats distintos, que vão das estepes cerealíferas e dos vales fluviais escarpados até a açudes e barragens, há uma imensa avifauna para descobrir durante as diversas estações do ano.
A Rota é acessível por veículos motorizados ligeiros ou de bicicleta e pode ser feita em qualquer sentido. Cada ponto escolhido permite observar uma variedade de espécies que ocorrem e nidificam no Baixo Alentejo. São 10 pontos para descobrir, cruzando as freguesias de Entradas, São Marcos da Ataboeira, Alcaria Ruiva e São João dos Caldeireiros.
Permaneça em cada ponto durante alguns minutos, sempre em silêncio para não perturbar as aves. Em alguns pontos, recomendamos que faça uma pequena caminhada, para melhor escutar e observar as espécies mais tímidas. Mantenha sempre uma distância de segurança.
Recomendamos que contacte um guia local ou uma empresa especializada na observação de aves, de forma a tirar o maior proveito do passeio. No entanto, a Rota também pode ser feita em autonomia; neste caso, não se esqueça de trazer os seus binóculos e guia de identificação de aves!
Primavera
Na primavera, a paisagem pintada de verde e flores, enche-se de um burburinho constante: das abelhas em frenesim e das aves que vão, aqui e ali, exibindo os seus comportamentos nupciais. É o momento de encontrar parceiros, procurar locais para fazer o ninho e alimentar as crias.
Visite as estepes cerealíferas, e é muito provável que encontre, entre outras espécies, Abetardas (Otis tarda), pintalgando de branco a paisagem; Tartaranhões-caçadores (Circus pygargus), planando em busca de comida; ou Francelhos (Falco naumanni), peneirando sobre a vegetação. Os miradouros e os vales fluviais constituem também uma ótima opção a visitar durante esta estação do ano.
Verão
A estação seca estende-se de finais de Maio a finais de Setembro. A água escasseia na paisagem, as plantas perdem o verde, o ar aquece. Mas nem a seca, nem as temperaturas altas assustam as aves que aqui nidificam. Há uma imensa atividade em busca de alimento para as crias, e no final do verão, aves juvenis enchem os céus, nos seus primeiros voos de descoberta.
Recomenda-se sair cedo pela manhã ou ao final da tarde. Durante o pico de calor a observação de aves é bastante mais difícil. Visite charcas e açudes, há uma boa probabilidade de encontrar aves aquáticas.
Outono
O outono marca a partida de muitas aves, que após a época de nidificação, rumam em direção ao sul. Chegam muitas outras, vindas do norte, centro e leste da Europa, que ora permanecem durante o inverno, ora estão de passagem, aproveitando a paragem para recuperar forças e seguir viagem.
Visite os miradouros, as charcas e os açudes e esteja atento aos céus: há bandos de aves de todas as dimensões em migração; mesmo durante a noite, podem ser observadas e escutadas diversas espécies a migrar.
Inverno
Durante a estação mais fria, os montados e as estepes cerealíferas são visitados por aves que vêm de outras latitudes onde o alimento se torna escasso devido ao inverno rigoroso que por lá se sente. Entre as diversas espécies que invernam no Baixo Alentejo, os Grous (Grus grus), são provavelmente os mais audíveis e vistosos; voam em grupos de dezenas ou centenas e vão circulando entre montados em busca de alimento e pequenas charcas e açudes onde pernoitam. Com as sementeiras já preparadas para a primavera, muitas aves circundam e sobrevoam os campos em busca de alimento.
Com um inverno ameno e temperaturas moderadas durante o dia, esta região proporciona excelentes condições para a observação de aves durante esta estação do ano.
Uma iniciativa da Portugal Wildscapes, com o apoio dos Municípios de Mértola e de Castro Verde, e cofinanciamento do programa FEDER Alentejo 2020.
Na vila de Mértola ocorre a última colónia urbana do país de uma espécie bastante rara e ameaçada – o peneireiro-das-torres. As muralhas do velho castelo, bem como, outras estruturas históricas da vila são o refúgio perfeito para a espécie mais emblemática da vila. Ao longo deste pequeno itinerário que percorre o centro histórico, as margens do rio Guadiana e a envolvente florestal da vila até à herdade vitivinícola da Bombeira é possível observar cegonha-branca, gralha-de-nuca-cinzenta, melro-azul, pega-azul, abelharuco, garça-branca-pequena, garça-real, guarda-rios e melro-preto entre outras. A águia de Bonelli nidifica na proximidade encontrando refúgio nas escarpas do Guadiana.
Consulte aqui o folheto informativo do itinerário.
Não se perca, descarregue aqui o mapa do itinerário e o mapa da Vila de Mértola aqui.
A aldeia da Mina de São Domingos, em tempos uma grande povoação mineira, é agora um lugar cheio de história e memória. O que resta hoje da impressionante estrutura da mina são as ruínas dos edifícios que servem de abrigo a várias espécies de aves.
O andorinhão-cafre é bastante raro em Portugal e a sua nidificação apenas foi confirmada nesta área. Aqui é, ainda, frequente a observação de várias espécies de milhafres, gralha-de-nuca-cinzenta, águia-imperial-ibérica, águia-real e vários passeriformes como as diferentes espécies de andorinhas, o rouxinol-bravo ou a cotovia-escura entre outras.
Consulte aqui o folheto informativo do itinerário.
Não se perca, descarregue aqui o mapa do itinerário e o mapa da Mina de S. Domingos aqui.
As margens de escarpas rochosas que ladeiam o rio são o habitat perfeito para várias espécies ameaçadas da avifauna do Parque Natural Vale do Guadiana: este é o território por excelência da águia-real, do bufo-real e da cegonha-preta. No percurso de Mértola até aos Canais do Guadiana sugerimos um desvio à Barragem dos Corvos. Num inesperado plano de água no meio de uma paisagem de olival, encontrará o local ideal para observar algumas aves aquáticas como o pato-de-bico-vermelho que ali nidifica. Esta é, ainda, zona de bebedouro para o cortiçol-de-barriga-preta.
Consulte aqui o folheto informativo do itinerário Birdwatching Trail 3_PT
Não se perca, descarregue aqui o mapa do itinerário e o mapa da Vila de Mértola aqui.
Estas são as terras do Pulo do Lobo, terras de xisto, de natureza bravia, de escarpas abruptas e do Guadiana selvagem onde encontram refúgio várias espécies de aves de rapina como a águia-real, o bufo-real e outras espécies ameaçadas como a cegonha-preta. Deixando o Pulo do Lobo, a paisagem dá lugar a uma floresta mais ou menos dispersa de azinheiras e sobreiros.
Este habitat designado de Montado é o reduto perfeito para espécies como o peneireiro-cinzento, o grou, o torcicolo, a felosa-ibérica, a pega-azul ou o chapim-azul. Já na entrada do “Campo Branco” a paisagem reveste-se de planícies ondulantes. Esta é uma boa área para observar espécies como abetarda, sisão ou cortiçol-de-barriga-preta. Aqui, perto a elevação onde se localiza a Ermida de Nª Sr.ª de Aracelis ou a Serra de Alcaria são miradouros perfeitos para observar toda a área envolvente.
Consulte aqui o folheto informativo do itinerário
Não se perca, descarregue aqui o mapa do itinerário e o mapa da Vila de Mértola aqui.
Recomendações & Informações Úteis
Quando fazer? A melhor época para praticar a observação de aves em Mértola é na Primavera, preferencialmente de março a maio. No Verão as altas temperaturas que se fazem sentir, não são propícias a saídas para o campo. Setembro é também uma boa altura. Os meses de outubro a janeiro são de grande atividade cinegética pelo que não se recomenda a realização de tours de birdwatching.
O sul de Portugal, sobretudo pela variedade de habitats naturais e concentração de áreas naturais é de excelência para a observação de aves. Mértola e a área do Parque Natural Vale do Guadiana são particularmente importantes para a avifauna, e aqui ocorrem algumas das mais importantes espécies e ameaçadas espécies da avifauna nacional, como a águia-imperial-ibérica, a águia-real, o peneireiro-das-torres, a cegonha-preta, o abutre-preto, a abetarda, o cortiçol-de-barriga-preta ou o sisão.
Quando a noite cai, há uma outra forma de descobrir a avifauna local, enquanto umas espécies se recolhem, outras de hábitos crepusculares e/ou noturnos despontam. As aves noturnas são mais difíceis de observar do que as diurnas, mas têm cantos mais simples e fáceis de distinguir e ouvir as suas vocalizações é, em si, uma experiência.
Propomos a descoberta do universo das aves noturnas e crepusculares do Parque Natural Vale do Guadiana, que nos leva a uma viagem fascinante pela natureza à noite, num desafio claro ao apuro dos sentidos. Pelo caminho, teremos o céu profundo como cenário, ou não estivéssemos nós em território certificado da Reserva Dark Sky Alqueva!
Por cá, na natureza, quando a noite cai, outra vida começa, quer descobri-la?
As aves noturnas do concelho de Mértola incluem essencialmente dois grandes grupos: as aves de rapina noturnas (Strigiformes) e os noitibós (Caprimulgiformes). Estes dois grupos apresentam características morfológicas e ecológicas distintas partilhando, no entanto, um comportamento essencialmente crepuscular e noturno.
No território ocorrem seis espécies de rapinas noturnas e um noitibó: coruja-das-torres, coruja-do-mato, mocho-pequeno-de-orelhas, mocho-galego, bufo-real, bufo-pequeno e noitibó-de-nuca-vermelha.
Sugestões de visita
Descobrir a natureza à noite é uma experiência única e um desafio aos sentidos. Propomos 3 itinerários para ousar olhar diferente, escutar no silêncio e deliciar os sentidos com a envolvência misteriosa da noite. Observar aves à noite é difícil, as aves são esquivas, aprimoradas na arte da camuflagem, por isso, nem sempre é garantido o avistamento ou a audição das suas vocalizações. Mas a noite pode sempre revelar outros personagens, sons e paisagens de terra e céu, verdadeiramente arrebatadoras.
Percurso 1: Centro Histórico de Mértola, Azenhas do Guadiana e Além Rio
Percurso 2: Mina de S. Domingos – Complexo Mineiro (recomendado para observação de noitibó-de-nuca-vermelha)
Percurso 3: Corte da Velha, Serra de S. Barão
Para mais informações sugerimos a consulta do Guia Night Birdwatching Mértola.
A Birds & Nature Tours Portugal foi a primeira empresa portuguesa totalmente dedicada a organizar atividades ligadas à observação de aves.
Os diversos programas de observação e fotografia de aves que organiza podem ser privados, sendo reservados pelos interessados mediante marcação para uma determinada data a combinar, ou para grupos, estando previamente agendados para uma data específica (sendo as reservas efetuadas mediante inscrição dos interessados em cada atividade).
Os tours que organiza centram-se na região sul de Portugal, onde se verifica uma grande diversidade de habitats e maior concentração de aves. Organiza tours a partir de Lisboa, do Alentejo e do Algarve.
Marque já a sua tour de birdwatching e conheça uma outra face do Alentejo!
Tours no Alentejo
Estes tours englobam uma visita às zonas de Castro Verde e de Mértola, o que permite combinar habitats diversos de enorme beleza e riqueza avifaunística. Parte da área visitada está integrada em duas Zonas de Protecção Especial, a ZPE de Castro Verde e a ZPE do Vale do Guadiana (que por sua vez inclui o Parque Natural do Vale do Guadiana).
A área de Castro Verde é a mais importante zona de Portugal para a conservação de aves estepárias. Espécies como a Abetarda, o Sisão, o Cortiçol-de-barriga-preta, a Águia-caçadeira, o Francelho ou o Rolieiro, podem ser observadas nesta região com relativa facilidade. Regularmente são também registadas espécies como o Grifo, o Abutre-preto e a Águia-imperial-ibérica.
A vila de Mértola, para além do excecional interesse do ponto de vista histórico, é também um excelente local para a observação de aves, sendo de realçar a colónia de Francelhos existente, única colónia urbana no país.
O passeio inclui também a visita a locais do vale de rio Guadiana, como a Mina de S. Domingos, onde nidifica o andorinhão-cafre (raridade no nosso país) e a visita ao magnífico acidente geológico que é o Pulo do Lobo, sítio de grande beleza, onde é possível observar diversas espécies rupícolas e outras, como por exemplo a Cegonha-preta, a Águia-real, a Águia de Bonelli, o Bufo-real, a Andorinha-das-rochas, a Andorinha-dáurica, o Melro-azul e a Cia.
Principais Espécies
Algumas espécies, seja porque são pouco comuns ou difíceis de observar em Portugal mas ocorrem com regularidade nas zonas acima descritas, seja porque são aqui particularmente abundantes (pelo menos em certas alturas do ano), ou seja porque não ocorrem no norte da Europa, merecem destaque. São disso exemplos: a Cegonha-branca, a Cegonha-preta, o Grifo, o Abutre-preto, a Águia-real, a Águia-imperial-ibérica, a Águia-cobreira, a Águia de Bonelli, o Milhafre-real, o Milhafre-preto, o Peneireiro-cinzento, a Águia-caçadeira, o Francelho, o Grou, a Abetarda, o Sisão, o Cortiçol-de-barriga-preta, o Alcaravão, a Perdiz-do-mar, o Bufo-real, o Noitibó-de-nuca-vermelha, a Poupa, o Abelharuco, o Rolieiro, a Cotovia-escura, a Calhandrinha, a Calhandra-real, a Andorinha-das-rochas, a Andorinha-dáurica, o Solitário, o Chasco-ruivo, o Melro-azul, a Toutinegra-tomilheira, o Picanço-barreteiro, o Picanço-real, o Charneco, a Gralha-de-nuca-cinzenta, o Corvo, o Estorninho-preto, o Papa-figos, o Pardal-espanhol e a Cia.
Espécies Raras ou Acidentais
Nestes locais foram observadas, nos últimos anos, algumas espécies consideradas raras ou acidentais em Portugal, entre as quais o Grifo-pedrês, o Falcão-vespertino, o Andorinhão-cafre (nidificação confirmada na área em anos recentes), o Andorinhão-pequeno e a Petinha-de-garganta-ruiva.
Estão ainda à sua disposição diversas atividades de birdwatching, como por exemplo:
– Tours de Fotografia de Aves
– Cursos de Iniciação ao Birdwatching
– Passeios de Barco para Observação de Aves
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