MÉRTOLA À MESA
OS NOSSOS PRODUTOS
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Vaca Mertolenga
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A Raça Bovina Mertolenga é uma raça autóctone portuguesa proveniente da região de Mértola e Alcoutim. Foi a partir destas zonas que mais tarde a raça, com uma excecional capacidade trabalho e adaptação a condições agrestes, se dispersou pelas regiões do Alto Alentejo e Ribatejo.
Devido às características desta raça, os animais tinham habitualmente uma dupla função, pois era fonte de carne e de trabalho, tirando partido da sua excecional rusticidade e da qualidade dos seus produtos. Na vertente de trabalho, o boi cabresto era bastante usado como animal de trabalho do campo bem como transporte de cargas.
Este animal apresenta uma cor castanho-avermelhado, ou malhado, porte médio mas robusto e chifres finos em forma de gancho.
A excelência da raça mertolenga dá-nos uma carne tenra e suculenta, extremamente saborosa, com um nível e qualidade de gordura diferenciador das restantes raças.Saiba quais os produtores na região aqui.
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Porco Alentejano
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O Porco Alentejano é uma raça suína autóctone portuguesa com uma fama ancestral, sendo referido o seu prestígio nos tempos do Império Romano.
Animal de cor preta ardósia, com cerdas raras e finas, pretas ou ruivas, com focinho fino e alongado, corpulência considerável e temperamento ativo. Tem como seu habitat natural a região sul de Portugal, nomeadamente o Alentejo. Alimenta-se essencialmente de cereais, ervas, bolotas e outras leguminosas, elementos associados ao ecossistema tipicamente mediterrânico, que conferem à sua carne características organoléticas excecionais e sem igual.A sua carne é extremamente apreciada bem como os “condutos” que dela se produzem, sendo essencialmente as chouriços, paios e presuntos os produtos mais apreciados entre os consumidores. Saiba quais os produtores na região aqui.
Saiba mais sobre esta raça aqui. -
Ovelha Campaniça
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A Raça da Ovelha Campaniça é uma raça ovina autóctone portuguesa originaria da região do Campo Branco, uma região que se estende pelos concelhos de Mértola, Castro Verde, Almodôvar e Ourique.
Caracteriza-se pelas suas condições geoclimáticas adversas, clima seco e pouco chuvoso, solos pobres e temperaturas de Verão bastante elevadas. Devido a estas duras condições revela uma extraordinária capacidade de resistência, que permite que seja considerada como uma realidade ecológica, resultante duma seleção quase natural. A rusticidade é a sua maior virtude, fruto de uma melhoria genética devida ao facto de, desde sempre, se escolheram os animais mais resistentes e não necessariamente os de maiores potencialidades produtivas.
As ovelhas desta raça apresentam perfil convexo, porte médio-pequeno, membros finos, lã de tipo cruzado e altosa, ausente na cara e membros.
A sua rusticidade e adaptabilidade permitem que seja explorada com uma tripla função, pela carne, pelo leite e pela lã.
A carne de borrego campaniço apresenta uma maciez e suculência bastante apreciada entre os seus consumidores, bem como os produtos lácteos que do seu leite se fabricam tais como o queijo, o almece, o requeijão e a manteiga.
Saiba quais os produtores na região aqui. -
Carne de Caça
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Sendo Mértola a Capital Nacional da Caça, a gastronomia associada a este produto não poderia faltar.
Temos uma região repleta de espécies fantásticas passando pelo javali, veado, coelho, lebre, perdiz, codorniz, pato bravo e outras mais. E a partir destes se produzem iguarias gastronómicas de sabor característico, bastante apreciadas entre seus consumidores.
Esta é uma carne rica em a proteínas mais diversas e baixa em calorias, colesterol e gorduras uma vez que estes são animais que correm livres ao contrario da maioria dos animais de produção. São animais naturalmente selvagens que vivem da erva e de plantas selvagens, e desse modo a sua carne pode ser consumida como parte de uma dieta naturalmente saudável.
A Capital Nacional da Caça tem o prazer de organizar a anual Feira da Caça, onde são exploradas as diversas vertentes da atividade cinegética, sendo a gastronomia uma delas, onde poderá degustar nas tuas típicas “tasquinhas” os pratos feitos base deste tipo de carne. -
Peixe do Rio
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A gastronomia associada ao Rio Guadiana é variada e muito rica em sabores.
Muge, lampreia, saboga e enguias são das espécies mais apreciadas e consumidas na região. Estes peixes do rio são confecionados das mais diversas maneiras, destacando o arroz de lampreia, o muge, saboga ou enguia frita com arroz de tomate, as sopas de peixe, as saladas de ovas de saboga, o ensopado de enguias ou a surpreendente acorda de ovas de saboga.
As ervas aromáticas tais como poejo ou hortelã da ribeira, estão vulgarmente presentes nestes pratos de tacho dando-lhes um toque especial e único. Procure nos restaurantes da região estas especialidades e comprove os sabores únicos do Grande Rio do Sul.
Anualmente a aldeia do Pomarão recebe o Festival do Peixe do Rio, evento que aposta e enaltece os fantásticos sabores do rio. -
Azeite
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Extraído a partir da azeitona, o azeite na região do Alentejo abarca uma larga e antiga tradição. Este é um produto bastante regular na dieta mediterrânea desde a antiguidade até ao presente, sendo uma das principais gorduras utilizadas neste tipo de gastronomia, quer seja como tempero, fritura, auxiliar de cozinhados ou até mesmo base de muitos pratos.
O Azeite, considerado por muitos como um superalimento, é uma gordura de origem vegetal que possui diversas propriedades benéficas ao organismo, fazendo da gastronomia mediterrânica uma das mais saudáveis e variadas a nível global.
O Azeite une ingredientes, mas não só, une também pessoas. Como já referido, o azeite e as azeitonas englobam toda uma tradição que dura até aos dias de hoje. Famílias se unem para juntos se dedicarem à “apanha da azeitona” na altura do outono, especialmente no mês de novembro, estas pessoas reúnem-se em volta das suas oliveiras e cumprem a tradição, convivem, trabalham e partilham momentos. Este fruto da oliveira de seguida é levado a um lagar onde se dá a transformação da azeitona em azeite. E desta forma, diversas famílias da região consomem o seu próprio azeite, o azeite das oliveiras de sua propriedade.
A região de Mértola não é exceção e o azeite é ingrediente utilizado na larga maioria dos seus pratos regionais.
Não só o azeite é um produto de extrema importância, mas também as azeitonas, que são também bastante consumidas e apreciadas.Conheça os produtores de azeite do nosso concelho aqui.
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Pão Alentejano
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Em tempos, o Alentejo foi o “celeiro da nação” repleto de planícies com searas douradas de perder de vista, onde o acesso ao cereal de extrema qualidade permitiu a produção de um pão sem igual, que é reconhecido quer nacional como mundialmente, o nosso Pão Alentejano.
O Pão Alentejano tem características únicas, um sabor tendencialmente fumado, alto, esponjoso, de côdea rija e baça, e tem a versatilidade de se poder servir como uma entrada, refeição ou sobremesa.
Este é um produto essencial na gastronomia alentejana e base de muitos pratos típicos, usado em migas, açordas, ensopados, caldeiradas, doces ou simplesmente para acompanhar uma refeição. Também é a base de um bom petisco antes do prato principal com uns bons queijos, presuntos, enchidos, azeitonas, manteigas e outras coisas mais. No Alentejo, costuma-se dizer que, “come-se pão com tudo e tudo fica bem com pão”. Por isso é um dos principais produtos da dieta alentejana, e não só apreciada pelos locais, mas também extremamente apreciada e reconhecida pelos não-locais.Conheça quais as padarias onde poderá adquirir este pão. Pode compra-lo não só nas padarias, mas também nos diversos estabelecimentos de comercio local um pouco por todo o concelho.
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Queijos e Lacticínios - Ovelha
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Ovelha
A partir do leite de ovelha é possível obter 4 produtos bastante apreciados entre os consumidores, sendo eles o famoso Queijo Curado, o Requeijão e Almece e a Manteiga.
Saiba quais os produtores na região onde que pode adquirir estes excecionais produtos aqui.O Queijo de Ovelha tipo Serpa apresenta uma pasta amanteigada de sabor delicado, subtilmente apimentado devido à infusão de cardo. Este é um queijo é curado, de pasta semi-mole com poucos ou nenhuns olhos, obtida através de esgotamento lento da coalhada após coagulação do leite cru de ovelha por ação do cardo. A cura natural faz-se em locais de ambiente fresco e húmido ou instalações de ambiente controlado, onde sofre a maturação por aproximadamente 30 dias.
O uso de Denominação de Origem Protegida (DOP) obriga a que o queijo seja produzido de acordo com especificações normativas que garantem a sua qualidade, intensada de sabor e uma refinada elegância no travo.
Outros lacticínios
Saiba mais sobre este queijo aqui.
O Requeijão e Almece de ovelha são obtidos a partir da coagulação do soro do leite, proveniente do fabrico do queijo, quando este é submetido ao calor. Estes possuem textura suave e versátil, capazes de combinar com doces, salgados, podendo ser utilizados em saladas, bolos e petiscos.
Estes produtos são feitos da mesma pasta, a simples diferença entre o requeijão e o almece é apenas a quantidade e consistência da pasta, isto é, são ambos basicamente obtidos da mesma forma, mas o requeijão cinge-se à pasta mole, esbranquiçada e comprimida, sem o soro, já o almece é uma mistura da mesma pasta com o soro do leite num recipiente.A Manteiga de ovelha é produzida a partir da gordura obtida pelo desnate do soro resultado do fabrico do queijo. Tradicionalmente, após o fabrico do queijo, o desnate era feito com uma escumadeira e com ela recolhia-se a nata que aflorava ao deixar o soro em repouso. Uma vez que a quantidade de nata que se obtém de uma só vez era reduzida, juntava-se então a nata de dois ou três dias e procedia-se ao fabrico da manteiga. Batiam-se as natas até formar uma pasta com uma consistência mais espessa que se vai separando de uma parte liquida. A parte sólida da nata terá um tom amarelado, e será a manteiga, e a parte líquida assemelha-se ao soro de leite.
Numa visita a Mértola não deixe de provar estas maravilhas gastronómicas.
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Queijos e Lacticínios - Cabra
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Cabra
A partir do leite de cabra é possível obter 3 produtos bastante apreciados entre os consumidores, sendo eles o Queijo Fresco, Curado e a Manteiga.
Saiba quais os produtores na região onde que pode adquirir estes excecionais produtos aqui.De sabor característico, os queijos feitos a partir do leite de cabra são bastante comuns por toda a Europa. De cor geralmente branca e com texturas que podem ser mais cremosas ou mais consistentes, o queijo é ideal para ser consumido como petisco, em temperatura ambiente, ou para compor receitas frias e quentes, devido à sua versatilidade. Além das suas qualidades gastronómicas, o queijo de cabra tem a vantagem de possuir diversas características que o tornam num queijo bastante saudável, principalmente consumido fresco.
O Queijo de Cabra do Guadiana está diretamente ligado à economia rural das explorações agrícolas do Baixo Alentejo e é fabricado desde há muito. Estes queijos eram consumidos quer em fresco, quer depois de curados (ou vulgarmente secos), estes últimos apresentavam uma boa resistência e durabilidade o que permitia às gentes consumi-los até no verão.
O tradicional queijo de cabra desta região é elaborado por escoamento lento da coalhada. Coalhada esta obtida a partir do leite cru de cabra, já fervido, juntamente com o coagulante natural do cardo. Após algum tempo efetua-se a separação o soro da pasta mole do queijo, com o auxílio de panos porosos, procedendo-se de seguida à colocação da massa nos cinchos. O queijo fresco pode ser temperado com sal a gosto e consumido assim que frio.
Para a secagem ou cura do queijo adiciona-se um pouco mais de sal e se procede à maturação por cerca de 30 dias, em locais frescos e bem arejados designados tradicionalmente por «caniços». A conservação do queijo curado pode ser feita em potes de barro cobertos de azeite ou sal.
Saiba mais sobre este queijo aqui. -
Presuntos e Enchidos
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Tradicionalmente, durante o ano engordavam-se os porcos para no inverno se realizar a típica “matança”, onde as pessoas numa só altura tinham acesso a uma grande quantidade de carne, houve a necessidade de aprofundamento das técnicas de transformação e conservação de carne do porco, pelos processos tradicionais de salga e secagem, mercê do clima propício da região, para que a carne pudesse ser aproveitada na sua totalidade, sem desperdícios. Assim nascem os presuntos e enchidos.
A singularidade das carnes produzidas na região de Mértola aliadas aos modos de produção ancestrais, genuínos e que respeitam o ambiente, as terras e as heranças culturais, fazem dos presuntos e enchidos produzidos na região, produtos de qualidade e sabor impar, bastante apreciados entre os consumidores.
Presunto e Paleta do Alentejo
O Presunto e Paleta do Alentejo são obtidos a partir dos membros posteriores ou anteriores de porcos de raça alentejana criados maioritariamente ao ar livre, em montados de sobro ou azinho, alimentados a bolota, ervas, cereais e outros recursos naturais existentes nos campos.
O processo produção acenta em métodos derivados do saber fazer das populações ancestrais, pode durar desde 6 a 48 meses, passando pelo corte, salga, lavagem, enxugo (pós-salga) e maturação/envelhecimento. É ao longo deste processo que os presuntos e as paletas adquirem lentamente o aspeto, a cor, o odor, a textura e o sabor que os tornam tão especiais e de extrema qualidade.
Estes produtos encontram-se abrangidas pelo regime de qualidade de Denominação de Origem Protegida (DOP) desde que cumpram todas as especificações exigidas. Saiba quais os produtores na região aqui.
Enchidos
Na região do baixo Alentejo existe uma deliciosa variedade de enchidos para todos os gostos, desde paios, salchichas, morcelas, e outra mais. De entre muitos exemplares produzidos, há um especial destaque para a Linguiça ou Chouriço de Carne do Baixo Alentejo, classificado como Indicação Geográfica Protegida. Este enchido produzido a partir de carnes de excelência de Porco Alentejano, é fumado, essencialmente com lenha de azinho e segue a receita tradicional desde os tempos ancestrais. Os pedaços de carne e gorduras são temperados com sal, massa de pimentão, alhos, vinho, cominhos e colorau. Ingredientes que juntos conferem o sabor característico deste produto e que tanto agrada aos seus consumidores.
A carne fica vários dias marinada nesta mistura, e de seguida é enchida a tripa do suíno, devidamente higienizadas. A cura dá-se com o fumo diário que recebem e que os faz suar e maturar. Devido a todo este processo os chouriços adquirem a apresentação, cor, sabor e aroma característicos. Saiba quais os produtores na região aqui.
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Vinhos
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A produção e comercialização de vinho por terras de Mértola tem raízes históricas atestadas pelos vários achados arqueológicos aqui encontrados relacionados com o transporte e armazenamento de vinho. As encostas do Guadiana e da ribeira de Oeiras na proximidade de Mértola foram durante séculos terroir de excelência para produção local de vinho, que era depois escoado em ânforas de barro para terras do Mediterrâneo. E, não acontece aqui do acaso, o curioso facto da Igreja Matriz de Mértola ter por padroeira Nossa Sr.ª de Entre as Vinhas.
A vinicultura em Mértola tem passado e História, é certo! Mas ao longo da história a cultura do vinho no território se foi perdendo, nos últimos tempos, graças ao espírito arrojado de vários empresários, o cultivo da vinha foi retomado, ganhou expressão local em termos de área plantada e número de produtores e resultou na produção de vinhos de carácter vincado que têm vindo a afirmar-se entre os melhores da região. A produção local pauta-se por critérios de sustentabilidade: respeita os valores naturais do território inserido em Parque Natural, emprega mão-de-obra maioritariamente local, usa uvas próprias colhidas manualmente é acessível e consumida no mercado local e de proximidade. Para público em geral, os vinhos encontraram-se à venda em lojas da especialidade um pouco por todo o país, no mercado gourmet, no mercado online e é claro em Mértola, nos restaurantes e no pequeno comércio local. Se não conhece os vinhos locais, quando visitar Mértola opte por pedir um vinho regional e verá que não se vai arrepender.
Mértola conta com 5 marcas registadas:
– Vinho Bombeira do Guadiana
– Vinho Herdade dos Lagos
– Vinho Discórdia
– Vinho Balanches
– Vinho Conde de MértolaPara a realização de tours vinícolas, entrar em contacto com os nossos guias locais.
Saiba quais os produtores na região aqui. -
Mel
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O Parque Natural Vale do Guadiana e todo território de Mértola em geral, oferecem características excecionais para a produção apícola, beneficiando de uma flora riquíssima de enorme variedade florística, que se revela bastante positiva para a produção de mel de extrema qualidade.
O mel é uma substância natural e adocicada produzida pelas abelhas a partir do néctar das flores e posteriormente armazenada em favos. O seu o sabor, cor e aroma podem variar de acordo com planta, a região, as condições climáticas, os métodos de extração, o terreno e a ate mesmo a espécie de abelha.
Habitualmente o mel da região de Mértola apresenta uma cor clara, rondado entre o tom âmbar e amarelado, nota-se de cristalização fina e compacta, apresentando-se em diversas variantes, das quais se destaca o mel de rosmaninho (lavandula stoechas). Este mel apresenta um aroma e paladar muito leve e requintado. Além de ser um ótimo adoçante natural, este alimento é cheio de benefícios pois contém substâncias importantes e indispensáveis ao organismo como cálcio e fósforo, sódio, potássio, magnésio e ferro.
A apicultura hoje é uma atividade agrária amplamente especializada, são obtidos para além do mel, outros subprodutos como o extrato de própolis, a geleia real, o pólen e a cera de abelhas.
Conheça em primeira mão os benefícios do nosso mel, passe por cá e não deixe de experimentar o Mel de Mértola!
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Frutos e Verduras da Época
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Outrora em cada estação existia uma variedade diversa de alimentos que terra produzia e que eram a base da alimentação durante aqueles meses.
As pessoas comiam o que o campo lhes dava e, em consequência, a sua dieta era variável consoante a sazonalidade dos alimentos, os pratos eram elaborados de acordo com os produtos disponíveis em cada época do ano.
Como a natureza é perfeita e dá-nos tudo o que realmente necessitamos, os alimentos de cada época do ano têm as características essenciais para suprir as necessidades do organismo em determinadas fases do ano. Como por exemplo, no verão, onde há temperaturas mais elevadas e escassez de água temos frutos da época como o tomate, melão ou melancia que tem uma grande percentagem de água e auxiliam a hidratar o organismo.Em Mértola há uma grande variedade destes produtos da época visite o nosso comercio local onde encontrará produtos da época frescos e saborosos. Saiba quais os produtores na região aqui.
Saiba quais frutos e verduras da época aqui. -
Ervas aromáticas
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São elas que dão o sabor e aroma característicos da gastronomia alentejana. São elas o segredo, o ingrediente mágico que confere a distinção aos pratos. São as ervas aromáticas que têm o dom de transformar um prato simples e de ingredientes humildes numa criação sofisticada e bastante apreciada.
O Alentejo sempre foi uma região pobre economicamente, mas riquíssima em produtos. A necessidade de realizar pratos consistentes e nutritivos para aguentar um longo dia de trabalho duro no campo levou a apurar a imaginação e criatividade utilizando ingredientes muito simples e de baixo valor económico, que fizeram da gastronomia alentejana uma alquimia de sabores.Uma deliciosa combinação de ingredientes simples e consistentes com ervas aromáticas como os coentros, a salsa, o poejo, os orégãos, o alecrim, o tomilho, o louro ou a hortelã fazem da cozinha alentejana rica em sabores suaves e intensos balanceados na perfeição. Assim se explica como uma terra pobre conseguiu dar origem a tamanha gastronomia, hoje bastante reconhecida. Já que a fartura não abundava, a solução passou por fazer render aquilo que estava mais à mão: o pão, mesmo que duro, a água, o azeite e as ervas espontâneas dos campos, que mais tarde passaram a ser cultivadas.
A necessidade aguçou de tal forma as mãos alentejanas que acabaram por criar uma gastronomia criativa, saborosa, sustentável e económica. O que seria da Açorda sem os coentros, do gaspacho sem os orégãos, da carne de porco frita sem o louro ou o borrego assado sem o alecrim? A gastronomia alentejana certamente não seria a mesma.
As riquezas da flora do Alentejo caracterizam a gastronomia da região, mas não só, os antigos também conheciam as propriedades medicinais, fazendo com elas remédios caseiros para as curas de maleitas várias, que mais tarde têm vindo a ser comprovadas por investigações as suas propriedades. As ervas aromáticas para alem da gastronomia, nos dias que correm também produzidas com a intensão de explorar mais essa parte medicinal, onde são processadas, secas ou destiladas para a produção de infusões e óleos essenciais de qualidade superior.
Saiba quais os produtores na região aqui. -
Iguarias Selvagens
Túberas, Cogumelos e Espargos -
São iguarias selvagens que crescem nos campos de forma espontânea. Fazem parte da gastronomia local desde tempos idos, sendo uma parte importante da identidade gastronómica e cultural destas terras do sul. Tempos de mingua atenuados pelo engenho das gentes mais humildes que de ervas selvagens e um pouco de pão fez sopas, açordas e migas. O saber colher na natureza e o saber fazer na cozinha resultam da transmissão de conhecimentos intemporais que atravessaram a memória de várias gerações. Hoje são iguarias de sabor único que chamam muitos a terras do Alentejo.
Túberas
Conforme a zona do país são conhecidas como túberas ou criadilhas (Terfezia spp). São trufas brancas, fungos que crescem silenciosos junto às raízes de estevas e sargaços. Apanham-se entre fevereiro e março depois das chuvas. Mas é preciso ter olho, ver a terra gretada e cavar na superfície para encontrar o tesouro. O preparo na cozinha é laborioso, há limpar a terra que teima em se agarrar aos seus contornos sinuosos. São deliciosas, de aroma subtil e textura única. No prato fazem-se mais uma vez com ovos mexidos e migas, mas depois há as sopas de túberas que deixam perplexo qualquer comensal.Cogumelos
A apanha é coisa séria e não é para qualquer um. Quem sabe apanha-os junto a troncos/raízes de azinheiras, sobreiros e matos de esteva. Por estas terras podem a espécie mais comum é a Amanita ponderosa conhecido por silarca ou tortulho. Apanham-se depois da chuva nos inícios da primavera. Por cá cozinham-se com ovos ou grelhados com uma pedrinha de sal.Espargos Silvestres
Os espargos silvestres (Asparagus lenuifolius) são de apanha difícil. Protegidos pelos espinhos das esparragueiras, requerem mãos treinadas e olhar apurado. As esparragueiras crescem em terrenos incultos, terras por lavrar, encostas do rio. Para os apanhar não é preciso ter pressa. Encontram-se idealmente entre janeiro e março em anos de boa chuva. Na mesa, tradicionalmente, servem-se envoltos em ovos ou em migas de pão.
A Raça Bovina Mertolenga é uma raça autóctone portuguesa proveniente da região de Mértola e Alcoutim. Foi a partir destas zonas que mais tarde a raça, com uma excecional capacidade trabalho e adaptação a condições agrestes, se dispersou pelas regiões do Alto Alentejo e Ribatejo.
Devido às características desta raça, os animais tinham habitualmente uma dupla função, pois era fonte de carne e de trabalho, tirando partido da sua excecional rusticidade e da qualidade dos seus produtos. Na vertente de trabalho, o boi cabresto era bastante usado como animal de trabalho do campo bem como transporte de cargas.
Este animal apresenta uma cor castanho-avermelhado, ou malhado, porte médio mas robusto e chifres finos em forma de gancho.
A excelência da raça mertolenga dá-nos uma carne tenra e suculenta, extremamente saborosa, com um nível e qualidade de gordura diferenciador das restantes raças.
Saiba quais os produtores na região aqui.
O Porco Alentejano é uma raça suína autóctone portuguesa com uma fama ancestral, sendo referido o seu prestígio nos tempos do Império Romano.
Animal de cor preta ardósia, com cerdas raras e finas, pretas ou ruivas, com focinho fino e alongado, corpulência considerável e temperamento ativo. Tem como seu habitat natural a região sul de Portugal, nomeadamente o Alentejo. Alimenta-se essencialmente de cereais, ervas, bolotas e outras leguminosas, elementos associados ao ecossistema tipicamente mediterrânico, que conferem à sua carne características organoléticas excecionais e sem igual.
A sua carne é extremamente apreciada bem como os “condutos” que dela se produzem, sendo essencialmente as chouriços, paios e presuntos os produtos mais apreciados entre os consumidores. Saiba quais os produtores na região aqui.
Saiba mais sobre esta raça aqui.
A Raça da Ovelha Campaniça é uma raça ovina autóctone portuguesa originaria da região do Campo Branco, uma região que se estende pelos concelhos de Mértola, Castro Verde, Almodôvar e Ourique.
Caracteriza-se pelas suas condições geoclimáticas adversas, clima seco e pouco chuvoso, solos pobres e temperaturas de Verão bastante elevadas. Devido a estas duras condições revela uma extraordinária capacidade de resistência, que permite que seja considerada como uma realidade ecológica, resultante duma seleção quase natural. A rusticidade é a sua maior virtude, fruto de uma melhoria genética devida ao facto de, desde sempre, se escolheram os animais mais resistentes e não necessariamente os de maiores potencialidades produtivas.
As ovelhas desta raça apresentam perfil convexo, porte médio-pequeno, membros finos, lã de tipo cruzado e altosa, ausente na cara e membros.
A sua rusticidade e adaptabilidade permitem que seja explorada com uma tripla função, pela carne, pelo leite e pela lã.
A carne de borrego campaniço apresenta uma maciez e suculência bastante apreciada entre os seus consumidores, bem como os produtos lácteos que do seu leite se fabricam tais como o queijo, o almece, o requeijão e a manteiga.
Saiba quais os produtores na região aqui.
Sendo Mértola a Capital Nacional da Caça, a gastronomia associada a este produto não poderia faltar.
Temos uma região repleta de espécies fantásticas passando pelo javali, veado, coelho, lebre, perdiz, codorniz, pato bravo e outras mais. E a partir destes se produzem iguarias gastronómicas de sabor característico, bastante apreciadas entre seus consumidores.
Esta é uma carne rica em a proteínas mais diversas e baixa em calorias, colesterol e gorduras uma vez que estes são animais que correm livres ao contrario da maioria dos animais de produção. São animais naturalmente selvagens que vivem da erva e de plantas selvagens, e desse modo a sua carne pode ser consumida como parte de uma dieta naturalmente saudável.
A Capital Nacional da Caça tem o prazer de organizar a anual Feira da Caça, onde são exploradas as diversas vertentes da atividade cinegética, sendo a gastronomia uma delas, onde poderá degustar nas tuas típicas “tasquinhas” os pratos feitos base deste tipo de carne.
A gastronomia associada ao Rio Guadiana é variada e muito rica em sabores.
Muge, lampreia, saboga e enguias são das espécies mais apreciadas e consumidas na região. Estes peixes do rio são confecionados das mais diversas maneiras, destacando o arroz de lampreia, o muge, saboga ou enguia frita com arroz de tomate, as sopas de peixe, as saladas de ovas de saboga, o ensopado de enguias ou a surpreendente acorda de ovas de saboga.
As ervas aromáticas tais como poejo ou hortelã da ribeira, estão vulgarmente presentes nestes pratos de tacho dando-lhes um toque especial e único. Procure nos restaurantes da região estas especialidades e comprove os sabores únicos do Grande Rio do Sul.
Anualmente a aldeia do Pomarão recebe o Festival do Peixe do Rio, evento que aposta e enaltece os fantásticos sabores do rio.
Extraído a partir da azeitona, o azeite na região do Alentejo abarca uma larga e antiga tradição. Este é um produto bastante regular na dieta mediterrânea desde a antiguidade até ao presente, sendo uma das principais gorduras utilizadas neste tipo de gastronomia, quer seja como tempero, fritura, auxiliar de cozinhados ou até mesmo base de muitos pratos.
O Azeite, considerado por muitos como um superalimento, é uma gordura de origem vegetal que possui diversas propriedades benéficas ao organismo, fazendo da gastronomia mediterrânica uma das mais saudáveis e variadas a nível global.
O Azeite une ingredientes, mas não só, une também pessoas. Como já referido, o azeite e as azeitonas englobam toda uma tradição que dura até aos dias de hoje. Famílias se unem para juntos se dedicarem à “apanha da azeitona” na altura do outono, especialmente no mês de novembro, estas pessoas reúnem-se em volta das suas oliveiras e cumprem a tradição, convivem, trabalham e partilham momentos. Este fruto da oliveira de seguida é levado a um lagar onde se dá a transformação da azeitona em azeite. E desta forma, diversas famílias da região consomem o seu próprio azeite, o azeite das oliveiras de sua propriedade.
A região de Mértola não é exceção e o azeite é ingrediente utilizado na larga maioria dos seus pratos regionais.
Não só o azeite é um produto de extrema importância, mas também as azeitonas, que são também bastante consumidas e apreciadas.
Conheça os produtores de azeite do nosso concelho aqui.
Em tempos, o Alentejo foi o “celeiro da nação” repleto de planícies com searas douradas de perder de vista, onde o acesso ao cereal de extrema qualidade permitiu a produção de um pão sem igual, que é reconhecido quer nacional como mundialmente, o nosso Pão Alentejano.
O Pão Alentejano tem características únicas, um sabor tendencialmente fumado, alto, esponjoso, de côdea rija e baça, e tem a versatilidade de se poder servir como uma entrada, refeição ou sobremesa.
Este é um produto essencial na gastronomia alentejana e base de muitos pratos típicos, usado em migas, açordas, ensopados, caldeiradas, doces ou simplesmente para acompanhar uma refeição. Também é a base de um bom petisco antes do prato principal com uns bons queijos, presuntos, enchidos, azeitonas, manteigas e outras coisas mais. No Alentejo, costuma-se dizer que, “come-se pão com tudo e tudo fica bem com pão”. Por isso é um dos principais produtos da dieta alentejana, e não só apreciada pelos locais, mas também extremamente apreciada e reconhecida pelos não-locais.
Conheça quais as padarias onde poderá adquirir este pão. Pode compra-lo não só nas padarias, mas também nos diversos estabelecimentos de comercio local um pouco por todo o concelho.
Ovelha
A partir do leite de ovelha é possível obter 4 produtos bastante apreciados entre os consumidores, sendo eles o famoso Queijo Curado, o Requeijão e Almece e a Manteiga.
Saiba quais os produtores na região onde que pode adquirir estes excecionais produtos aqui.
O Queijo de Ovelha tipo Serpa apresenta uma pasta amanteigada de sabor delicado, subtilmente apimentado devido à infusão de cardo. Este é um queijo é curado, de pasta semi-mole com poucos ou nenhuns olhos, obtida através de esgotamento lento da coalhada após coagulação do leite cru de ovelha por ação do cardo. A cura natural faz-se em locais de ambiente fresco e húmido ou instalações de ambiente controlado, onde sofre a maturação por aproximadamente 30 dias.
O uso de Denominação de Origem Protegida (DOP) obriga a que o queijo seja produzido de acordo com especificações normativas que garantem a sua qualidade, intensada de sabor e uma refinada elegância no travo.
Outros lacticínios
Saiba mais sobre este queijo aqui.
O Requeijão e Almece de ovelha são obtidos a partir da coagulação do soro do leite, proveniente do fabrico do queijo, quando este é submetido ao calor. Estes possuem textura suave e versátil, capazes de combinar com doces, salgados, podendo ser utilizados em saladas, bolos e petiscos.
Estes produtos são feitos da mesma pasta, a simples diferença entre o requeijão e o almece é apenas a quantidade e consistência da pasta, isto é, são ambos basicamente obtidos da mesma forma, mas o requeijão cinge-se à pasta mole, esbranquiçada e comprimida, sem o soro, já o almece é uma mistura da mesma pasta com o soro do leite num recipiente.
A Manteiga de ovelha é produzida a partir da gordura obtida pelo desnate do soro resultado do fabrico do queijo. Tradicionalmente, após o fabrico do queijo, o desnate era feito com uma escumadeira e com ela recolhia-se a nata que aflorava ao deixar o soro em repouso. Uma vez que a quantidade de nata que se obtém de uma só vez era reduzida, juntava-se então a nata de dois ou três dias e procedia-se ao fabrico da manteiga. Batiam-se as natas até formar uma pasta com uma consistência mais espessa que se vai separando de uma parte liquida. A parte sólida da nata terá um tom amarelado, e será a manteiga, e a parte líquida assemelha-se ao soro de leite.
Numa visita a Mértola não deixe de provar estas maravilhas gastronómicas.
Cabra
A partir do leite de cabra é possível obter 3 produtos bastante apreciados entre os consumidores, sendo eles o Queijo Fresco, Curado e a Manteiga.
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De sabor característico, os queijos feitos a partir do leite de cabra são bastante comuns por toda a Europa. De cor geralmente branca e com texturas que podem ser mais cremosas ou mais consistentes, o queijo é ideal para ser consumido como petisco, em temperatura ambiente, ou para compor receitas frias e quentes, devido à sua versatilidade. Além das suas qualidades gastronómicas, o queijo de cabra tem a vantagem de possuir diversas características que o tornam num queijo bastante saudável, principalmente consumido fresco.
O Queijo de Cabra do Guadiana está diretamente ligado à economia rural das explorações agrícolas do Baixo Alentejo e é fabricado desde há muito. Estes queijos eram consumidos quer em fresco, quer depois de curados (ou vulgarmente secos), estes últimos apresentavam uma boa resistência e durabilidade o que permitia às gentes consumi-los até no verão.
O tradicional queijo de cabra desta região é elaborado por escoamento lento da coalhada. Coalhada esta obtida a partir do leite cru de cabra, já fervido, juntamente com o coagulante natural do cardo. Após algum tempo efetua-se a separação o soro da pasta mole do queijo, com o auxílio de panos porosos, procedendo-se de seguida à colocação da massa nos cinchos. O queijo fresco pode ser temperado com sal a gosto e consumido assim que frio.
Para a secagem ou cura do queijo adiciona-se um pouco mais de sal e se procede à maturação por cerca de 30 dias, em locais frescos e bem arejados designados tradicionalmente por «caniços». A conservação do queijo curado pode ser feita em potes de barro cobertos de azeite ou sal.
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Tradicionalmente, durante o ano engordavam-se os porcos para no inverno se realizar a típica “matança”, onde as pessoas numa só altura tinham acesso a uma grande quantidade de carne, houve a necessidade de aprofundamento das técnicas de transformação e conservação de carne do porco, pelos processos tradicionais de salga e secagem, mercê do clima propício da região, para que a carne pudesse ser aproveitada na sua totalidade, sem desperdícios. Assim nascem os presuntos e enchidos.
A singularidade das carnes produzidas na região de Mértola aliadas aos modos de produção ancestrais, genuínos e que respeitam o ambiente, as terras e as heranças culturais, fazem dos presuntos e enchidos produzidos na região, produtos de qualidade e sabor impar, bastante apreciados entre os consumidores.
Presunto e Paleta do Alentejo
O Presunto e Paleta do Alentejo são obtidos a partir dos membros posteriores ou anteriores de porcos de raça alentejana criados maioritariamente ao ar livre, em montados de sobro ou azinho, alimentados a bolota, ervas, cereais e outros recursos naturais existentes nos campos.
O processo produção acenta em métodos derivados do saber fazer das populações ancestrais, pode durar desde 6 a 48 meses, passando pelo corte, salga, lavagem, enxugo (pós-salga) e maturação/envelhecimento. É ao longo deste processo que os presuntos e as paletas adquirem lentamente o aspeto, a cor, o odor, a textura e o sabor que os tornam tão especiais e de extrema qualidade.
Estes produtos encontram-se abrangidas pelo regime de qualidade de Denominação de Origem Protegida (DOP) desde que cumpram todas as especificações exigidas. Saiba quais os produtores na região aqui.
Enchidos
Na região do baixo Alentejo existe uma deliciosa variedade de enchidos para todos os gostos, desde paios, salchichas, morcelas, e outra mais. De entre muitos exemplares produzidos, há um especial destaque para a Linguiça ou Chouriço de Carne do Baixo Alentejo, classificado como Indicação Geográfica Protegida. Este enchido produzido a partir de carnes de excelência de Porco Alentejano, é fumado, essencialmente com lenha de azinho e segue a receita tradicional desde os tempos ancestrais. Os pedaços de carne e gorduras são temperados com sal, massa de pimentão, alhos, vinho, cominhos e colorau. Ingredientes que juntos conferem o sabor característico deste produto e que tanto agrada aos seus consumidores.
A carne fica vários dias marinada nesta mistura, e de seguida é enchida a tripa do suíno, devidamente higienizadas. A cura dá-se com o fumo diário que recebem e que os faz suar e maturar. Devido a todo este processo os chouriços adquirem a apresentação, cor, sabor e aroma característicos. Saiba quais os produtores na região aqui.
A produção e comercialização de vinho por terras de Mértola tem raízes históricas atestadas pelos vários achados arqueológicos aqui encontrados relacionados com o transporte e armazenamento de vinho. As encostas do Guadiana e da ribeira de Oeiras na proximidade de Mértola foram durante séculos terroir de excelência para produção local de vinho, que era depois escoado em ânforas de barro para terras do Mediterrâneo. E, não acontece aqui do acaso, o curioso facto da Igreja Matriz de Mértola ter por padroeira Nossa Sr.ª de Entre as Vinhas.
A vinicultura em Mértola tem passado e História, é certo! Mas ao longo da história a cultura do vinho no território se foi perdendo, nos últimos tempos, graças ao espírito arrojado de vários empresários, o cultivo da vinha foi retomado, ganhou expressão local em termos de área plantada e número de produtores e resultou na produção de vinhos de carácter vincado que têm vindo a afirmar-se entre os melhores da região. A produção local pauta-se por critérios de sustentabilidade: respeita os valores naturais do território inserido em Parque Natural, emprega mão-de-obra maioritariamente local, usa uvas próprias colhidas manualmente é acessível e consumida no mercado local e de proximidade. Para público em geral, os vinhos encontraram-se à venda em lojas da especialidade um pouco por todo o país, no mercado gourmet, no mercado online e é claro em Mértola, nos restaurantes e no pequeno comércio local. Se não conhece os vinhos locais, quando visitar Mértola opte por pedir um vinho regional e verá que não se vai arrepender.
Mértola conta com 5 marcas registadas:
– Vinho Bombeira do Guadiana
– Vinho Herdade dos Lagos
– Vinho Discórdia
– Vinho Balanches
– Vinho Conde de Mértola
Para a realização de tours vinícolas, entrar em contacto com os nossos guias locais.
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O Parque Natural Vale do Guadiana e todo território de Mértola em geral, oferecem características excecionais para a produção apícola, beneficiando de uma flora riquíssima de enorme variedade florística, que se revela bastante positiva para a produção de mel de extrema qualidade.
O mel é uma substância natural e adocicada produzida pelas abelhas a partir do néctar das flores e posteriormente armazenada em favos. O seu o sabor, cor e aroma podem variar de acordo com planta, a região, as condições climáticas, os métodos de extração, o terreno e a ate mesmo a espécie de abelha.
Habitualmente o mel da região de Mértola apresenta uma cor clara, rondado entre o tom âmbar e amarelado, nota-se de cristalização fina e compacta, apresentando-se em diversas variantes, das quais se destaca o mel de rosmaninho (lavandula stoechas). Este mel apresenta um aroma e paladar muito leve e requintado. Além de ser um ótimo adoçante natural, este alimento é cheio de benefícios pois contém substâncias importantes e indispensáveis ao organismo como cálcio e fósforo, sódio, potássio, magnésio e ferro.
A apicultura hoje é uma atividade agrária amplamente especializada, são obtidos para além do mel, outros subprodutos como o extrato de própolis, a geleia real, o pólen e a cera de abelhas.
Conheça em primeira mão os benefícios do nosso mel, passe por cá e não deixe de experimentar o Mel de Mértola!
Outrora em cada estação existia uma variedade diversa de alimentos que terra produzia e que eram a base da alimentação durante aqueles meses.
As pessoas comiam o que o campo lhes dava e, em consequência, a sua dieta era variável consoante a sazonalidade dos alimentos, os pratos eram elaborados de acordo com os produtos disponíveis em cada época do ano.
Como a natureza é perfeita e dá-nos tudo o que realmente necessitamos, os alimentos de cada época do ano têm as características essenciais para suprir as necessidades do organismo em determinadas fases do ano. Como por exemplo, no verão, onde há temperaturas mais elevadas e escassez de água temos frutos da época como o tomate, melão ou melancia que tem uma grande percentagem de água e auxiliam a hidratar o organismo.
Em Mértola há uma grande variedade destes produtos da época visite o nosso comercio local onde encontrará produtos da época frescos e saborosos. Saiba quais os produtores na região aqui.
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São elas que dão o sabor e aroma característicos da gastronomia alentejana. São elas o segredo, o ingrediente mágico que confere a distinção aos pratos. São as ervas aromáticas que têm o dom de transformar um prato simples e de ingredientes humildes numa criação sofisticada e bastante apreciada.
O Alentejo sempre foi uma região pobre economicamente, mas riquíssima em produtos. A necessidade de realizar pratos consistentes e nutritivos para aguentar um longo dia de trabalho duro no campo levou a apurar a imaginação e criatividade utilizando ingredientes muito simples e de baixo valor económico, que fizeram da gastronomia alentejana uma alquimia de sabores.
Uma deliciosa combinação de ingredientes simples e consistentes com ervas aromáticas como os coentros, a salsa, o poejo, os orégãos, o alecrim, o tomilho, o louro ou a hortelã fazem da cozinha alentejana rica em sabores suaves e intensos balanceados na perfeição. Assim se explica como uma terra pobre conseguiu dar origem a tamanha gastronomia, hoje bastante reconhecida. Já que a fartura não abundava, a solução passou por fazer render aquilo que estava mais à mão: o pão, mesmo que duro, a água, o azeite e as ervas espontâneas dos campos, que mais tarde passaram a ser cultivadas.
A necessidade aguçou de tal forma as mãos alentejanas que acabaram por criar uma gastronomia criativa, saborosa, sustentável e económica. O que seria da Açorda sem os coentros, do gaspacho sem os orégãos, da carne de porco frita sem o louro ou o borrego assado sem o alecrim? A gastronomia alentejana certamente não seria a mesma.
As riquezas da flora do Alentejo caracterizam a gastronomia da região, mas não só, os antigos também conheciam as propriedades medicinais, fazendo com elas remédios caseiros para as curas de maleitas várias, que mais tarde têm vindo a ser comprovadas por investigações as suas propriedades. As ervas aromáticas para alem da gastronomia, nos dias que correm também produzidas com a intensão de explorar mais essa parte medicinal, onde são processadas, secas ou destiladas para a produção de infusões e óleos essenciais de qualidade superior.
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São iguarias selvagens que crescem nos campos de forma espontânea. Fazem parte da gastronomia local desde tempos idos, sendo uma parte importante da identidade gastronómica e cultural destas terras do sul. Tempos de mingua atenuados pelo engenho das gentes mais humildes que de ervas selvagens e um pouco de pão fez sopas, açordas e migas. O saber colher na natureza e o saber fazer na cozinha resultam da transmissão de conhecimentos intemporais que atravessaram a memória de várias gerações. Hoje são iguarias de sabor único que chamam muitos a terras do Alentejo.
Túberas
Conforme a zona do país são conhecidas como túberas ou criadilhas (Terfezia spp). São trufas brancas, fungos que crescem silenciosos junto às raízes de estevas e sargaços. Apanham-se entre fevereiro e março depois das chuvas. Mas é preciso ter olho, ver a terra gretada e cavar na superfície para encontrar o tesouro. O preparo na cozinha é laborioso, há limpar a terra que teima em se agarrar aos seus contornos sinuosos. São deliciosas, de aroma subtil e textura única. No prato fazem-se mais uma vez com ovos mexidos e migas, mas depois há as sopas de túberas que deixam perplexo qualquer comensal.Cogumelos
A apanha é coisa séria e não é para qualquer um. Quem sabe apanha-os junto a troncos/raízes de azinheiras, sobreiros e matos de esteva. Por estas terras podem a espécie mais comum é a Amanita ponderosa conhecido por silarca ou tortulho. Apanham-se depois da chuva nos inícios da primavera. Por cá cozinham-se com ovos ou grelhados com uma pedrinha de sal.Espargos Silvestres
Os espargos silvestres (Asparagus lenuifolius) são de apanha difícil. Protegidos pelos espinhos das esparragueiras, requerem mãos treinadas e olhar apurado. As esparragueiras crescem em terrenos incultos, terras por lavrar, encostas do rio. Para os apanhar não é preciso ter pressa. Encontram-se idealmente entre janeiro e março em anos de boa chuva. Na mesa, tradicionalmente, servem-se envoltos em ovos ou em migas de pão.100% LOCAL
Descubra os melhores restaurantes típicos e tradicionais alentejanos, no nosso concelho.